50 anos do 25 de abril - Evolução da Ciência e Tecnologia

Antes do 25 de abril existia a Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica criada na Presidência do Conselho e tinha como objetivo planear, coordenar e promover a investigação científica e tecnológica em território nacional.

Falamos com a investigadora Maria João Bebianno que realizou a sua licenciatura em Engenharia Química de 1968-1974 no Instituto Superior Técnico na Universidade de Lisboa.

Durante a sua licenciatura, a Doutora teve a possibilidade de ser “monitora”, ou seja, professora. E, enquanto dava aulas, as condições eram bem diferentes das atuais.

M. J. Bebianno: “a universidade completamente cheia de polícias e cães-polícias ... e tinha que dar aulas nem que aparecesse só um aluno”.

Contou-nos também que havia um grande controlo de pessoas dentro da universidade, com um sistema com cartão de identificação “ultramoderno” polaroid.

E o movimento? A revolução?

M. J. Bebianno: “antes já tinha havido várias manifestações ... entre as quais um piquenique com a direção e depois foi o 25 de abril”.

Antes da revolta dos cravos, o apoio à ciência e à investigação era reduzida.  Havia poucos doutoramentos a serem financiados. 

M. J. Bebianno: “eu quando vim para aqui (Universidade do Algarve) não tinha doutoramento, mas já tinha 10 anos de serviço. Depois como não tinha, a universidade achou por bem financiar os doutoramentos”.

Antes da revolução a investigação era feita “dentro das universidades” e depois?

M. J. Bebianno: “fazia-se com os meios que havia ... mesmo no início foi muito difícil ... aqui a Universidade não tinha nada, foi a partir do zero...  foi com o dinheiro dos projetos que as pessoas tinham”.

O 25 de abril possibilitou a internacionalização, tão importante para a ciência e investigação, mas houve primeiro uma necessidade de recuperar a economia. 

M. J. Bebianno: “aqui nunca ninguém nunca apostou na investigação ... a investigação foi uma coisa que demorou muito tempo”.

Só mais tarde, em 1986, com a criação do Fundação para a Ciência e Tecnologia e com a criação de outras universidades que se começou a formar o que conhecemos hoje.

M. J. Bebianno: “tiveram o professor Mariano Gago como o impulsionador disto tudo”.

O 25 de abril provocou uma reforma do governo em Portugal, possibilitando a liberdade para muitos. Hoje celebramos não só os 50 anos do movimento, mas também a evolução da ciência e investigação em Portugal.

New articles by Erwan Garel and Luciano Júnior

Two new articles by our researcher Erwan Garel, together with current CIMA collaborator Luciano Júnior.

 

Meagre (Argyrosomus regius) move westward with favourable flows along the south coast of Portugal. Estuarine, Coastal and Shelf Science, 108770.https://doi.org/10.1016/j.ecss.2024.108770

This research shows that meagre (Corvina) travel westward with favourable currents along the South Portugal coast, in response to temperature variations. This finding is highly relevant for efficient management of this important fishery resource.

 

Spatiotemporal variability of the coastal circulation in the northern Gulf of Cadiz from Copernicus Sentinel-3A satellite radar altimetry measurements. Advances in Space Research. 73.https://doi.org/10.1016/j.asr.2024.02.054

This study presents a generalised characterisation of the surface circulation over the northern shelf of the Gulf of Cadiz, based on high-resolution satellite altimetry data. Overall, the similarity of the results to those obtained from in-situ systems supports the use of altimetry data to support coastal oceanographic studies.

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O CIMA é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) através da referência UIDP/00350/2020, com sede no Campus Universitário de Gambelas, Edifício 7,  8005-139 FARO PORTUGAL. Tel: 351 289 244 434, 351 289 800 100; E-mail: cima@ualg.pt (+ info)
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